Acordo reconhece diplomas de professores nos países do Mercosul 22/1/2010
07.02.2010 08:50Acordo firmado pelos governos dos países do bloco regional autoriza a validação dos diplomas para professores de português e de espanhol nos países do Mercosul. Acordo reconhece diplomas de professores nos países do Mercosul 22/1/2010 7:40:00
A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul aprovou nesta
quarta-feira (28) um acordo firmado pelos governos dos países do bloco
regional que autoriza a validação dos diplomas para a professores de
português e de espanhol nos países do Mercosul.
Com isso, professores brasileiros de português poderão se candidatar a dar
aula nos países vizinhos, assim como professores argentinos, uruguaios e
paraguaios poderão disputar vagas para professor de espanhol nas escolas
brasileiras. No Brasil, a Lei nº 11.161/05 determina que as escolas de
ensino médio serão obrigadas a oferecer aulas de espanhol a partir de 2010 -
para os alunos, a matéria será optativa.
O acordo sobre a validação dos diplomas, assinado em junho de 2005, ainda
será votado pelas Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), seguindo depois para o exame dos
Plenários do Senado e da Câmara. Para que seja cumprido, o acordo também
deve ser aprovado pelos parlamentos dos outros países-membros do Mercosul.
A aprovação foi saudada pela senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que integra
o Parlamento do Mercosul. Para ela, a medida "é fundamental para a
verdadeira integração dos povos destes países vizinhos". Ela lembrou que o
Brasil precisará "de muitos professores de espanhol" no ensino médio a
partir de 2010, lembrando que também há grande procura por professores de
português nos outros países latinos.
Na mesma reunião, presidida pelo deputado federal José Paulo Tóffano
(PV-SP), os parlamentares aprovaram acordo assinado pelo Brasil e pelo
Uruguai para que sejam criadas escolas técnicas em cidades fronteiriças, que
oferecerão vagas tanto para alunos uruguaios quanto brasileiros. Elas irão
ministrar cursos técnicos nas áreas agropecuária e industrial, sendo que
metade das vagas caberá a brasileiros e a outra metade a uruguaios. Os
diplomas expedidos por estas escolas terão validade curricular e trabalhista
nos dois países.
Pelo acordo, as escolas serão mantidas pelos governos de cada país, de forma
independente do país vizinho. Para se candidatar a uma vaga, o aluno deve
comprovar que cursa ou está cursando o ensino médio. O acordo ainda deve ser
aprovado pelas Comissões de Relações Exteriores e de Constituição e Justiça
antes de ser levado aos Plenários do Senado e da Câmara.
A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul também aprovou nesta
quarta-feira o Acordo de Alcance Parcial Agropecuário nº 3 firmado pelo
Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai e Bolívia. O acordo
institucionaliza o Conselho Agropecuário do Sul, mecanismo de diálogo,
consulta e harmonização de ações entre os Ministérios da Agricultura dos
seis países. O conselho será formado pelos ministros de Agricultura, ou
equivalente, destes países e se reunirá uma vez por ano, ou convocado
extraordinariamente por solicitação de qualquer um dos governos.
Eli Teixeira / Agência Senado
Fonte: Agência Senado
Acesso em: 20 jan. 2010.
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